O QUE É ?
O ecocardiograma fetal é uma ecografia ao bebé, como as outras, mas dirigida ao coração.
Em geral faz-se por via trans-abdominal e os aparelhos são os mesmos que para as outras ecografias feitas na gravidez. A diferença está em quem as executa, que não é um obstetra ou radiologista, mas um cardiologista pediátrico com formação nesta área pré-natal.
Neste exame estuda-se o coração e a função circulatória do bebé em pormenor.
PORQUE É QUE SE FAZ?
QUAIS AS GRÁVIDAS QUE DEVEM FAZER ESTE EXAME?
O coração do bebé em formação é um bom marcador para certas doenças congénitas ou mesmo adquiridas. Junta-se assim a outros marcadores ecográficos, podendo levar a decidir sobre certas atitudes, nomeadamente a amniocentese. Os marcadores que mais frequentemente levam ao pedido de ecocardiograma fetal são a translucência da nuca aumentada na ecografia das 12 semanas, a existência de dilatação pielo-calicial ou de quistos aracnoideus. O rastreio bioquímico ou as imagens hiper-ecogénicas no ventrículo esquerdo por vezes também.
Há obstetras que pedem este exame quase por rotina, sem nenhum motivo em especial, provavelmente, para tornar o seu acompanhamento mais consistente e seguro.
Outros motivos mais concretos são:
Ou porque, em geral na ecografia morfológica do 2º trimestre, se não viu bem o coração do bebé, ou ficaram dúvidas se estaria tudo bem a este nível.
Ou porque se notaram alterações do ritmo cardíaco do bebé, e pede-se um ecocardiograma para melhor esclarecimento.
Ou porque o bebé tem outros problemas identificados que se podem associar a cardiopatias
.
Há factores relacionados com os pais que podem ser indicação para este exame, como
os pais ou outros irmãos terem doenças cardíacas congénitas, a mãe tomar medicamentos ou ter doenças que podem pôr em risco o bebé.
EM QUE IDADE GESTACIONAL DEVE SER FEITO?
Este exame deve ser feito pelas 20 semanas de gestação, com uma margem das 18 às 22 semanas. É nesta idade gestacional que se obtêm melhores imagens do bebé, estando já o coração totalmente formado no seu essencial.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DESTE EXAME?
Falemos primeiro das vantagens para o bebé.
Vantagens imediatas:
- Situações cardíacas que podem ser tratadas logo ou quase.
Tipicamente são as arritmias fetais graves, que põem em risco a vida do bebé.
Um bebé com uma arritmia grave, quer seja o coração a bater persistentemente devagar a menos do que 100 pulsações por minuto (ppm) (bradicardia fetal) ou persistentemente depressa a mais de 200 ppm (taquicardia fetal) deve ser referenciado com urgência para um cardiologista pediátrico. Se administrado atempadamente, o tratamento feito a partir da mãe, resolve na maioria dos casos estas situações e o bebé deixa de correr perigo.
- Na gravidez gemelar , por vezes passa demasiado sangue de um bebé para outro, através de comunicações dos cordões na placenta, sobretudo quando esta é única.
É possível antever com alguma precisão se isto vai acontecer duma maneira drástica que ponha em risco a vida dos bebés. Há tratamento específico para estas fístulas, feito ainda na gravidez, cada vez com melhor resultado e menos riscos.
- Também é possível tratar certas cardiopatias no útero, por métodos mais invasivos, de modo a evitar que a situação piore com o avançar da gravidez, minorando consequências mais graves.
- Aos bebés com cardiopatia é aconselhável que se faça amniocentese para estudo cromossómico ou eventualmente de outras doenças.
A principal vantagem a médio prazo, uma vez conhecido o problema cardíaco que o bebé tem, é poder programar-se com tempo o parto. Isto tem a ver com o local onde o bebé irá nascer e o que deve ser feito de imediato. Requer uma equipa pluridisciplinar quer para tomar decisões antes do parto, quer para actuar no parto e depois dele.
Nem todos os bebés com cardiopatia têm que nascer longe da família, mas há bebés que não devem nascer fora dos hospitais centrais.
Para os Pais, a informação mais importante é saberem que o seu bebé está bem e não tem problemas no coração. Nos raros casos em que esta informação não é bem assim, após
serem ultrapassados os efeitos desta má notícia, são informados calmamente da realidade, das consequências e do tratamento. Antes dos pais tomarem qualquer decisão, é fundamental que sejam bem informados. Caso seja necessária cirurgia cardíaca é importante falarem com o cirurgião que a irá fazer. Visitar as pessoas e os locais onde irá ser tratado o seu bebé, pode ser importante. Contactar com outros Pais que passaram já por esta experiência também é importante.
O ecocardiograma fetal é uma ecografia ao bebé, como as outras, mas dirigida ao coração.
Em geral faz-se por via trans-abdominal e os aparelhos são os mesmos que para as outras ecografias feitas na gravidez. A diferença está em quem as executa, que não é um obstetra ou radiologista, mas um cardiologista pediátrico com formação nesta área pré-natal.
Neste exame estuda-se o coração e a função circulatória do bebé em pormenor.
PORQUE É QUE SE FAZ?
QUAIS AS GRÁVIDAS QUE DEVEM FAZER ESTE EXAME?
O coração do bebé em formação é um bom marcador para certas doenças congénitas ou mesmo adquiridas. Junta-se assim a outros marcadores ecográficos, podendo levar a decidir sobre certas atitudes, nomeadamente a amniocentese. Os marcadores que mais frequentemente levam ao pedido de ecocardiograma fetal são a translucência da nuca aumentada na ecografia das 12 semanas, a existência de dilatação pielo-calicial ou de quistos aracnoideus. O rastreio bioquímico ou as imagens hiper-ecogénicas no ventrículo esquerdo por vezes também.
Há obstetras que pedem este exame quase por rotina, sem nenhum motivo em especial, provavelmente, para tornar o seu acompanhamento mais consistente e seguro.
Outros motivos mais concretos são:
Ou porque, em geral na ecografia morfológica do 2º trimestre, se não viu bem o coração do bebé, ou ficaram dúvidas se estaria tudo bem a este nível.
Ou porque se notaram alterações do ritmo cardíaco do bebé, e pede-se um ecocardiograma para melhor esclarecimento.
Ou porque o bebé tem outros problemas identificados que se podem associar a cardiopatias
.
Há factores relacionados com os pais que podem ser indicação para este exame, como
os pais ou outros irmãos terem doenças cardíacas congénitas, a mãe tomar medicamentos ou ter doenças que podem pôr em risco o bebé.
EM QUE IDADE GESTACIONAL DEVE SER FEITO?
Este exame deve ser feito pelas 20 semanas de gestação, com uma margem das 18 às 22 semanas. É nesta idade gestacional que se obtêm melhores imagens do bebé, estando já o coração totalmente formado no seu essencial.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DESTE EXAME?
Falemos primeiro das vantagens para o bebé.
Vantagens imediatas:
- Situações cardíacas que podem ser tratadas logo ou quase.
Tipicamente são as arritmias fetais graves, que põem em risco a vida do bebé.
Um bebé com uma arritmia grave, quer seja o coração a bater persistentemente devagar a menos do que 100 pulsações por minuto (ppm) (bradicardia fetal) ou persistentemente depressa a mais de 200 ppm (taquicardia fetal) deve ser referenciado com urgência para um cardiologista pediátrico. Se administrado atempadamente, o tratamento feito a partir da mãe, resolve na maioria dos casos estas situações e o bebé deixa de correr perigo.
- Na gravidez gemelar , por vezes passa demasiado sangue de um bebé para outro, através de comunicações dos cordões na placenta, sobretudo quando esta é única.
É possível antever com alguma precisão se isto vai acontecer duma maneira drástica que ponha em risco a vida dos bebés. Há tratamento específico para estas fístulas, feito ainda na gravidez, cada vez com melhor resultado e menos riscos.
- Também é possível tratar certas cardiopatias no útero, por métodos mais invasivos, de modo a evitar que a situação piore com o avançar da gravidez, minorando consequências mais graves.
- Aos bebés com cardiopatia é aconselhável que se faça amniocentese para estudo cromossómico ou eventualmente de outras doenças.
A principal vantagem a médio prazo, uma vez conhecido o problema cardíaco que o bebé tem, é poder programar-se com tempo o parto. Isto tem a ver com o local onde o bebé irá nascer e o que deve ser feito de imediato. Requer uma equipa pluridisciplinar quer para tomar decisões antes do parto, quer para actuar no parto e depois dele.
Nem todos os bebés com cardiopatia têm que nascer longe da família, mas há bebés que não devem nascer fora dos hospitais centrais.
Para os Pais, a informação mais importante é saberem que o seu bebé está bem e não tem problemas no coração. Nos raros casos em que esta informação não é bem assim, após
serem ultrapassados os efeitos desta má notícia, são informados calmamente da realidade, das consequências e do tratamento. Antes dos pais tomarem qualquer decisão, é fundamental que sejam bem informados. Caso seja necessária cirurgia cardíaca é importante falarem com o cirurgião que a irá fazer. Visitar as pessoas e os locais onde irá ser tratado o seu bebé, pode ser importante. Contactar com outros Pais que passaram já por esta experiência também é importante.
Obrigada pelo carinho.
ResponderEliminarUm sorriso que me fez sentir menos desamparada.
Susana Marques